História — Quinta da Lapa

MAIS DE 300 ANOS DE HISTÓRIA

A Quinta da Conceição da Lapa foi adquirida em 1706, por D. Lourenço de Almeida ao Capitão Bartolomeu Lobo da Gama, por 11 500 cruzados. Numa localização única, nas melhores terras escolhidas, entre as férteis colinas a leste da Serra de Montejunto, um território que faz hoje parte da região vitivinícola do Tejo, a Quinta da Lapa conta com cerca de 100 hectares.

D. Lourenço, filho do conde de Avintes, o grande reformador e impulsionador da Quinta da Lapa, era um homem da nobreza cheio de poder e influência – membro do Conselho de Estado, foi governador dos estados de Pernambuco e Minas Gerais, no auge do garimpo de ouro que tanta riqueza arrecadou para a Coroa Portuguesa. Com a sua visão empreendedora projectou fornecer a então próspera e animada cidade de Lisboa com vinhos de grande qualidade. Para tal, elegeu o topo de uma elevação na sua vasta propriedade onde construiu uma casa nobre com a sua capela, dependências agrícolas e uma adega.

MAIS DE 300 ANOS DE HISTÓRIA

Esta reforma data de 1733, e quase três séculos passados, construiu-se uma nova adega, as vinhas foram replantadas com castas tradicionais autóctones  e uma selecção das castas internacionais que melhor convivem com o nosso terroir.

Anos mais tarde, restaurou-se a casa datada de 1756, adaptando-a para receber hóspedes num ambiente confortável e luxuoso, preservando a traça antiga e a riqueza patrimonial, nomeadamente a capela e o rico painel de azulejos alusivo a N. Sra. da Conceição da Lapa.

Como corolário de todo este aturado trabalho, os vinhos da Quinta da Lapa vêm ganhando destaque e reconhecimento nos últimos anos, conquistando prémios nacionais e internacionais.

Separador

TIMELINE

Introdução da vinha em Portugal pelos Tartessos.

Cartaxo terá exportado 500 navios com toneis de vinho que num só ano atingiram o valor de 12.000 reis.

No período áureo que se seguiu aos Descobrimentos, as naus e galeões que partiam para o Brasil e Oriente transportavam vários produtos, um dos quais o vinho. Nesta altura surgiram os chamados vinhos "Roda" ou de "Torna Viagem". Eram, na generalidade, cerca de seis longos meses em que os vinhos se mantinham nas barricas, espalhadas pelos porões das embarcações, sacudidas pelo balancear das ondas, ou expostos ao sol, ou por vezes até submersas na água do fundo dos navios... E o vinho melhorava! Tal envelhecimento suave era proporcionado pelo calor dos porões ao passarem, pelo menos duas vezes, o Equador e pela permanência do vinho nos tonéis, tornando-os ímpares, preciosos e, como tal, vendidos a preços verdadeiramente fabulosos.

Nascimento de D. Lourenço de Almeida, 3º filho do Conde de Avintes e irmão do Bispo e 1º Patriarca de Lisboa, Dom Tomás de Almeida, foi Comendador de São Miguel de Borba e Godim, na Ordem de Cristo. D. Lourenço teve uma importante posição na corte e foi o primeiro grande reformador e impulsionador da Quinta da Lapa.

Nascimento de D. João V a 22 de Outubro, “o Magnânimo”, Rei de Portugal e dos Algarves, cujo reinado (1706-1750) foi marcado pela descoberta das minas auríferas, que deram o nome ao Estado de Minas Gerais no Brasil, e pelo estabelecimento do Tratado de Methuan.

Casamento de D. Lourenço de Almeida com a sua prima Dona Maria Rosa de Portugal, na Índia, onde serviu como Capitão-de-mar-e-guerra.

Assinatura do Tratado de Methuen, onde a Inglaterra concedia um regime especial aos vinhos importados de Portugal chegando mesmo a embargar os vinhos espanhóis e franceses.

Regresso de D. Lourenço de Almeida ao Reino de Portugal.

Aquisição da Quinta da Lapa por D. Lourenço de Almeida e sua mulher ao Capitão Bartolomeu Lobo da Gama por 11 500 cruzados. Nesse mesmo ano, D. Lourenço foi nomeado para o importante cargo de Governador de Pernambuco, no Brasil, transitando depois para o rendoso Governo das Minas Gerais. Essa importante carreira política e militar garantiu a D. Lourenço de Almeida a nomeação para o Conselho de Estado, certamente com o apoio da sua família, uma das mais influentes da corte lisboeta.

Publicação do “Agricultura das Vinhas e tudo o que pertence a ellas, até perfeito recolhimento do vinho, e relação das suas virtudes, e da cêpa, vides, folhas e borras”, de Vicencio Alarte, a primeira obra sobre a vinha e o vinho português.

D. Lourenço de Almeida governa o Estado de Pernambuco, no Brasil.

Ainda no Brasil, D. Lourenço governa o Estado de Minas Gerais, a grande fonte de riqueza do Reino, onde pôs em práctica uma forma específica de governar, através do diálogo e da barganha, de forma evitar os motins da época causados pela cobrança do quinto (imposto da altura) e garantir a conservação da paz e o crescimento da Fazenda Real. Por iniciativa sua, o Governo de Minas Gerais foi transferido da Vila do Carmo, hoje Mariana, para Vila Rica, depois Ouro Preto, que era mais rica e mais importante.

Primeira grande reforma da Quinta da Lapa e colocação do registo de azulejos alusivo a Nossa Senhora da Conceição da Lapa.

Na vila vizinha de Alcoentrinho, hoje Manique do Intendente, nasce Diogo Inácio de Pina Manique (1733- 1805), uma figura marcante do absolutismo português no tempo de D. José e de D. Maria I. Entre outros cargos ligados à justiça foi Intendente Geral da Polícia, cargo em que ganhou especial relevância na época. Tinha para a vila numa tentativa de a tornar grandiosa, um grande projecto onde se incluía um enorme palácio. Entretanto, o seu afastamento do cargo de Intendente e depois a sua morte, acabaram por impedir a concretização do projecto e consequentemente o palácio ficou inacabado.

Celebração do 1º Contrato Comercial dos vinhos da Quinta da Lapa e da Quinta das Pratas, entre D. Lourenço de Almeida e o seu criado João Rodrigues Nogueira, no seu palácio na Rua Direita de São Lázaro, em Lisboa. Os documentos utilizam o almude como medida de referência para os vinhos, que na época correspondia, na região de Lisboa, a 16,58 litros. Já a pipa poderia conter, conforme a região, entre 21 e 25 almudes de vinho, ou seja, entre 348 e 414 litros. Cada pipa valeria na altura, cerca de mil e duzentos réis.

Celebração do 2º Contrato Comercial dos vinhos da Quinta da Lapa e da Quinta das Pratas, entre D. Lourenço de Almeida e o negociante alfacinha de nome João Milhão, que utilizaria os armazéns do palácio de Lisboa para armazenar o vinho proveniente das Quintas. Embora não possamos avaliar o total da produção das duas Quintas, esta deveria ser bastante importante, de modo a justificar a celebração dos contratos.

Registo inaugural em pedra sobre a porta de entrada, na nobre casa da quinta da Lapa após a reconstrução, onde também foi gravado, o belo e eterno poema de fé, da autoria de Sta. Teresa D' Ávila: “Nada te perturbe, nada te espante, tudo passa, Deus não muda. A paciência tudo alcança. Quem a Deus tem, nada lhe falta. Só Deus basta.”

Demarcação Pombalina do Douro. Marquês de Pombal cria a Companhia das Vinhas do Alto Douro, delimitou a área produtora e regulamentou a produção e o comércio do vinho. Assim, sucederam-se as medidas proteccionistas, os privilégios, os monopólios e os exclusivos destinados a proteger o vinho da concorrência interna e externa dos outros vinhos, a preservar a sua qualidade e genuinidade, a manter os preços a um nível relativamente elevado, a controlar a produção e a assegurar a regularidade do comércio.

Marquês de Pombal manda arrancar as vinhas plantadas nos campos do Tejo, medida proteccionista que visava proteger a Companhia das Vinhas do Alto Douro.

Primeira manifestação do oídio nas vinhas.

Primeira identificação da filoxera em Portugal (na região do Douro).

A região Ribatejo é formalmente constituída pela Reforma administrativa.

Criação da Junta Nacional do Vinho em substituição da Federação dos Vinicultores do Centro e Sul de Portugal, slogan “beber vinho é dar o pão a um milhão de portugueses”.

Realiza-se em Lisboa o Congresso Mundial do Office International du Vin, com o slogan "Portugal é terra de sol e uvas de oiro".

Criação do Instituto da Vinha e do Vinho em substituição da Junta Nacional do Vinho.

Aquisição da Quinta da Lapa por José Guilherme da Costa e início da segunda grande reforma da Quinta da Lapa, com a plantação de vinha e construção de uma adega moderna, com as melhores tecnologias de vinificação da altura.

Criação da Comissão Vitivinícola Regional do Ribatejo.

Constituída a Comissão Vitivinícola Regional do Tejo.

Criação da Rota dos Vinhos do Tejo.

O vinho Quinta da Lapa Reserva 2008 foi galardoado com o prémio "Melhor Vinho" e medalha "Prestígio" no "Concurso Nacional dos Vinhos Engarrafados", hoje "Wines of Portugal Challenge".

Quinta da Lapa Wine Hotel abre as portas ao público, acrescentando uma nova página à sua história tricentenária.

Lançamento do vinho Quinta da Lapa “Homenagem a Sta Teresa de Ávila”, assinalando os 500 anos do seu nascimento.

Conclusão da nova adega.

Aguarde por favor, estamos a validar os seus dados.
Por favor não feche a janela.