Perguntámos ao Chef André Magalhães que vinhos gostaria de receber em casa amanhã, e a sua escolha foi este conjunto!
Nasceu em Angola e cresceu nas fazendas em África, mantendo uma forte ligação à terra e aos produtos que dela brotam. Em Portugal encontrou as raízes transmontanas dos outros três costados da família. Viajou pelo mundo e deixou-se seduzir pelo melting pot das cozinhas étnicas globais, em França perdeu-se em grandes descobertas gastronómicas, de experiências gustativas irrepetíveis.
André Magalhães é membro fundador do Convivium Lisboa-Tejo do movimento Slow Food. Desde Maio de 2005 até 2011 assumiu a cozinha do restaurante do Clube de Jornalistas, em Lisboa. Consultoria e formação (técnicas de cozinha e ciências gastronómicas) são algumas das suas atuais ocupações, sendo habitual a sua presença em eventos como o Peixe em Lisboa e o Wine in Azores. É jornalista especializado e escreve sobre gastronomia e vinhos para publicações portuguesas e estrangeiras. É redator e membro do painel de provadores de vinhos da revista Paixão pelo Vinho. Esta faceta de enófilo e excelente provador, júri de concursos nacionais e internacionais de vinhos, valeu-lhe em 2012 um “Taster Trophy”, que lhe foi atribuído no Concurso Mundial de Bruxelas, por ser um dos provadores mais regulares do concurso. “Fiquei muito orgulhoso com este prémio”, confessa. Para além de todas estas atividades ainda consegue fazer algum voluntariado “para apoiar causas relacionadas com a preservação das tradições gastronómicas e outras congéneres”, gosta de fazer recoleção de alimentos no campo, como ervas aromáticas e cogumelos e de “mariscar e pescar”.
Em 2012 abriu o seu novo espaço: Taberna da Rua das Flores, em Lisboa. “As tascas e tabernas estão de novo na moda”, garante André Magalhães.
Em clima de crise a oferta culinária portuguesa regenera-se em novos conceitos que a preços abordáveis revisitam o receituário das cozinhas regionais lusas. A Taberna da Rua das Flores é um bom exemplo disso, combina uma espécie de mercearia que vende produtos artesanais e uma taberna é a nova coqueluche da “movida” petisqueira da capital. “É um espaço pequeno mas exigente, absorvente e muito gratificante”, salientou o Chef.
Gosta de criar pratos a partir de produtos de qualidade, quase sempre com Denominação de Origem ou proveniente de um produtor que conheça pelo nome, “isto quando não são produtos esquisitos e exóticos que provocam os comensais e os seus sentidos…” E o prémio chega dos que têm o prazer de degustar as iguarias, é o reconhecimento em palavras de elogio. Os bons vinhos, criteriosamente escolhidos, não são esquecidos e fazem parte integrante da experiência gastronómica da Taberna, recaindo a opção pelos vinhos das regiões de Lisboa e Tejo, que são mais próximas.
André Magalhães assume que gosta de desafios, especialmente os que o fazem sair da sua “zona de conforto”, e lhe tragam novos conhecimentos.
E deixa o recado: “Comer é uma atividade diária e incontornável. Comam e bebam o melhor que puderem, todos os dias.”
Campanha terminada.
